Os bebês e as crianças são experimentadores por natureza: é por meio de “testes”, como colocar objetos na boca ou jogá-los no chão, que eles descobrem o mundo e começam a entender como as coisas funcionam. Sim, a experimentação é um excelente processo para a construção de conhecimento.
Quando essa prática é incentivada e aplicada na escola, a formação dos pequenos ganha grandes benefícios, como o desenvolvimento de um pensamento crítico e o aumento do engajamento dos alunos — características que fazem parte do futuro da educação.
Neste post, vamos explicar melhor o que é a experimentação na Educação Infantil e quais são seus impactos no desenvolvimento dos pequenos. Continue a leitura e confira!
O que é a experimentação na Educação Infantil?
Imagine um bebê que observa um pedaço de papel no chão e quer descobrir se tem gosto. Ele pega o papel, coloca na boca e, como resposta à textura estranha, chora. Depois, entrega o papel para que outro bebê faça o mesmo processo. Ele acabou de realizar um experimento! Em termos técnicos, o bebê:
fez uma observação;
formulou uma hipótese;
colocou a hipótese à prova;
analisou os resultados;
reportou as descobertas;
convidou terceiros para replicar o teste.
Por meio desse processo de experimentação, ele descobriu que o papel não é feito para comer. Parece um exagero, mas não é: crianças são pequenos cientistas por natureza. É justamente por meio de experiências — quando “aprontam” e brincam — que eles aprendem um volume tão grande de coisas na infância.
A aprendizagem pela experiência é tão efetiva que já é defendida há séculos. Os métodos científicos modernos, por exemplo, são em grande parte uma herança da experimentação adotada por Galileu Galilei. Porém, desde os filósofos clássicos, essa ideia já estava presente. É de Aristóteles a famosa frase “É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer”.
A experimentação na Educação Infantil é nada menos do que valorizar esse importante processo de aprendizagem. Em vez de apenas terem contato com conteúdos teóricos e expositivos, por exemplo, as crianças podem aprender de forma mais eficaz, crítica e contextualizada quando têm a liberdade de construir conhecimento por meio do processo de tentativa e erro.
Qual é a importância da experimentação na Educação Infantil?
A proposta da experimentação na Educação Infantil é ir além da lousa, do lápis e do papel. Ela se baseia no poder da interação da criança com o meio e no seu papel central na construção de saberes.
A partir de vivências, erros e descobertas, a aprendizagem se torna mais consistente e significativa para a vida das crianças. Assim, elas adquirem não apenas conteúdos teóricos, mas também desenvolvem importantes habilidades e competências socioemocionais que contribuem para a sua formação integral. Veja os principais benefícios da experimentação!
Protagonismo do aluno
O protagonismo do aluno é uma das grandes tendências da educação. Cada vez mais, o papel ativo do estudante é valorizado por escolas engajadas com o que há de mais promissor da área educacional. Isso quer dizer que, mais do que meros receptores de informações expostas pelos professores, os alunos participam da própria construção do seu conhecimento.
Em atividades e projetos práticos, como na experimentação, esse protagonismo é vivenciado com excelência. Desse modo, além de haver um engajamento maior da turma e mais dinamismo no ensino, as crianças têm sua criatividade estimulada, além de desenvolverem mais autonomia, imaginação e adquirirem uma melhor visão de mundo, desenvolvendo inúmeras competências socioemocionais.
Aprendizagem significativa
Com a experimentação e o aluno ocupando papel de protagonista em sua jornada de descobertas, a aprendizagem também é mais significativa. Isto é, os pequenos conseguem reter melhor os conteúdos trabalhados quando passam por experiências práticas.
Isso sem contar que a experimentação proporciona que os conteúdos sejam trabalhados de forma contextualizada. Essa é uma grande preocupação da educação contemporânea e também está presente em outras metodologias, como a aprendizagem baseada em problemas.
O aluno consegue visualizar como os conhecimentos são aplicados na realidade e conectar a teoria às suas contribuições para a sociedade. Assim, os pequenos aproximam desde cedo o conhecimento científico de seu cotidiano, deixando de lado uma abordagem mais abstrata e engessada.
Desenvolvimento cognitivo
Por fim, a experimentação, assim como outras metodologias ativas de aprendizagem, favorece o desenvolvimento cognitivo dos pequenos. Os exercícios de identificar problemas, testar hipóteses, reconhecer efeitos e causas, dialogar com os colegas e até mesmo cometer erros são excelentes para as funções cognitivas.
Atenção, criatividade, raciocínio, memória e linguagem são exemplos de competências fortemente beneficiadas pela experimentação. Além disso, um dos grandes trunfos das atividades pedagógicas que envolvem a participação ativa do aluno é o desenvolvimento do pensamento crítico, essencial para o exercício da cidadania e a vida em sociedade.
As metodologias de ensino e as abordagens pedagógicas fazem toda a diferença na jornada escolar das crianças. Por isso, vale a pena buscar uma instituição de ensino com um currículo escolar diferenciado e propostas alinhadas a uma educação global, atenta para as demandas do futuro e comprometida com a formação de cidadãos críticos e responsáveis.
Como você viu, essa é uma proposta metodológica focada no desenvolvimento do aluno. Para que seu filho usufrua desses e de outros benefícios de uma educação diferenciada, vale a pena buscar uma instituição de ensino de qualidade.
Fonte: Novos Alunos